[youtube https://www.youtube.com/watch?v=PfJLFPBl_E0&hl=pt-br&fs=1&&w=425&h=344]
So turn away from the ones who hurt everyone
I can tell by your smile you’re coming undone
I could bleed for a smile; could die for a gun
Walk away from the sun and kill everyone
Você já parou pra pensar porque continua fazendo tudo isso? Porque não desiste de uma vez, e faz o que realmente queria fazer, ou deixa de fazer qualquer coisa, e simplesmente para.
Se me perguntasse quem eu sou, diria que sou a morte, ou a entidade mais próxima disso. Meu trabalho é julgar quem merece morrer e quem não.
Sem dúvidas sou a prova que Deus ou algo que o valha existe, mas confesso que não tenho curiosidade alguma em saber. Ser a morte é um trabalho para a vida toda, se me permitem a piada, e não sei quando comecei a existir.
Não, não vou parar de fazer o que devo fazer, mas já pensei muito sobre isso. Se as pessoas parassem de morrer o que seria do mundo? Tudo gira em torno da morte. O medo, o desconhecido, a última resposta.
O que tem depois da morte? Bom, nada. Você só tem essa vida, e acaba, o que no fundo sei que você sabia.
Como eu julgo quem morre? Tudo é uma balança. Sua alegria depende do quanto você tem pra dar em troca dela. Experimente fazer algo que lhe cause dor. Não coisas imbecis como se cortar, a não ser que seja cortar um braço fora ou algo do gênero.
Experimente ir contra algum sentimento, ou furar os olhos, abrir mão de algo importante, quebrar as pernas, ver alguém que você gosta morrer.
Tudo isso tem um valor, e depende de quanto você se importa com essas coisas, a recompensa muda. Não existe ninguém, nem nunca vai existir, que seja completamente miserável, seja puramente triste. Nem o contrário. Todos fazem parte da balança, e eu entro em jogo quando a pessoa não tem mais o que dar em troca pela sua felicidade. Simples assim.
Uma vez eu conheci um sujeito interessante, diria que foi um dos únicos que se mantinha “zerado” na balança. Sem sofrer, e sem ser feliz. Contei a ele tudo isso, e no final ele se matou, por achar que não era merecedor da verdade.
Agora eu quem pergunto, como a morte sofre? O que me deixa triste?
Talvez sejam justamente essas dúvidas.
Se você acreditasse mesmo nisso que falei, e soubesse que seria feliz se sofresse, causaria dor a si mesmo?
Eu sim, e espero que no dia que resolva me revoltar contra minhas tarefas, consiga sorrir na punição de deus.