will you marry me?

Me desculpem por não saber nadar.
Me desculpem por não ter virado um astronauta, ou bombeiro, ou cirurgião.
Por não conseguir assoviar, fazer vários tipos de nós nem ovos fritos.
Por não gostar de comédias.
Por nunca ter tido um gato chamado Bob.
Por ser pessimista demais e nem uma vez sequer ter visto um copo meio cheio.
Me desculpem por andar cabisbaixo e mesmo assim tropeçar.
Por sussurrar meu nome no ouvido de prostitutas enquanto elas dormiam pra ver se sonhavam comigo.
Por não ter arrumado o cabelo para entrevistas de emprego.
Me desculpem por tirar noites de sono de quem cuidou de mim.
Por ter caído do telhado e quebrado o braço.
Por gostar da pessoa errada logo na primeira vez.
Me desculpem por sempre escrever excessão errado, nunca ter aprendido os porques e mentir que todos os erros são licenças poéticas.
Me desculpem por mentir. O tempo todo.
Me desculpem por todos os advogados idiotas hipócritas.
Por ter ouvido o que disseram mas mesmo assim perguntar “o que?”.
Por pensar piadas de humor negro com praticamente todo mundo.
Por não ter auto estima e mesmo assim me achar superior.
Por ter fugido de casa sem deixar um bilhete, e fazer planos suicidas também sem um.
Me desculpem por gostar de amarelo, amendoins e de subir em árvores.
Por ser suspeito de assassinato e sentir certa atração por prisões.
Por nunca estar presente.
Me desculpem por rezar todas as noites mas de dia dizer que sou ateu.
Por ter esquecido praticamente todas as equações de física.
Por não ter sonhos impossíveis.
Por estragar a graça de piadas.
Por não ter ido a shows.
Me desculpem por acordar deprimido, e gostar de transmitir mal humor.
Me desculpem por ser um câncer simpático.
Por estar perdendo o paladar pra doces e mesmo assim dizer ser viciado em chocolate.