mr sensible strikes a pose

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E a maior aranha do mundo me esperava quando entrei no quarto. Tão grande que teve que mover uma das patas pra mim poder passar. Era enorme, cheia de pêlos e fazia um barulho esquisito. Sem contar dos olhos, grandes e vazios, pareciam ver tudo.
Ela tinha um cheiro horrível, e me segurei pra não vomitar. Tinha feridas e pústulas nas pernas, sujando o chão com alguma gosma qualquer que é melhor continuar sem ter idéia do que se trata.
A aranha cobria a maior parte da luz, então meu medo era esbarrar sem querer nas quelíceras e acabar paralizado enquanto ela me enrolava naquela teia grudenta e me fazia virar uma sopa de ossos.
Demorei a convencer ela a mover a pata que me impedia de arrumar a cama, e levei mais tempo ainda tossindo com todos os pêlos que voaram com isso.
Juntar as roupas no chão foi fácil, o problema era abrir as portas do guarda-roupa e botar no lugar certo. Confesso que a maior parte ficou amassada.
Infelizmente meu cachorro encontrou ela antes deu chegar e acabou pendurado num saquinho branco, pingando sangue e esperando a hora do jantar.
Saí de lá acabado, mas triunfante, o quarto estava apresentável.

Não podia servir minha tia-avó Martha para a aranha naquela bagunça.

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