Se pudesse (e posso, você queira ou não) definir as segundas-feiras seriam o dia em que se, por acaso, eu acordasse em algum tigre asiático ou algo que o valha, não faria nenhuma questão de avisar alguém ou tentar voltar de lá. Me conformaria instantaneamente com o acontecimento e viveria minha nova vida comendo insetos e sopas culturalmente diferentes.
Em aproximadamente (mentira, esse número é aleatório) 62% das vezes me surpreendo com a inocência das pessoas, em relação a quase tudo. E em todas as vezes (uns 87%) essa surpresa é seguida pela conclusão que eu mesmo também sou inocente por me surpreender com isso. Lendo um artigo qualquer que citava temas bem desnecessários como o aumento da crueldade do ser-humano ou uma merda assim, me dou conta que as pessoas realmente esperam alcançar objetivos.
“- Mas Sr. Autor, quem diabos não espera alcançar objetivos?” – você pode perguntar. E é verdade. Quem diabos não espera alcançar objetivos?
Eles querem comover o público, e quiçá reformar um potencial sociopata que esteja casualmente tomando café e lendo a matéria. “Ó céus, o mundo já está cruel demais por si só, vou cancelar o planos sádicos desta tarde em virtude desse fato.” A questão é que, como no caso desse artigo, o Doutor X espera que as pessoas parem e pensem sobre o que o mundo se tornou, a partir de que ponto, porque, e como. Bem, só pelo fato de que precise de um artigo aleatório pra fazer os leitores cogitarem a possibilidade de que tudo ta indo pro brejo, tudo já foi faz um bom tempo.