Inspire

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Parei de chamar a menina do cabelo curto pra sair porque não sei explicar pra ela o motivo de não fazer terapia. Talvez isso por si só indicasse que preciso de terapia, mas teria que ser um meta-terapeuta específico e até onde eu sei esses não estão mais na lista telefônica. Nem a lista telefônica está mais na lista telefônica.

Estou no meio do que meu meta-terapeuta chamaria de síndrome de burnout, o que basicamente significa que não vou fazer nada a respeito por meses a fio até que algum acontecimento externo não relacionado me atinja de alguma forma aleatória e faça com que minha rotina mude forçadamente, como um bom adulto da geração passada. Se você ler isso daqui 3 gerações ainda vai fazer sentido. Adultos da geração passada sempre serão imbecis. Acho que é alguma coisa na água ou no hormônio do frango.

Um dia seu gato seu ficar olhando pro canto do quarto como se ali tivesse um espírito e você vai pensar “será que ele está vendo um espírito” sem nem mesmo acreditar nisso mas já virou memória muscular e vai pensar o que mais você faz que não acredita mas é conveniente fazer, como sempre pedir pães em números pares ou não comer quiabo.

Sempre quis fazer um teste vocacional, pra alguém falar “olha talvez você se desse bem como apicultor… ou um oficial de golf, sabe, como se fosse um juiz, só que de golf, porque no golf não tem juiz, eles chamam de oficial” e a partir daí esse seria meu único propósito na vida. Mas não faço justamente por achar que essa seria uma saída muito fácil pro meu tipo de personalidade.

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